Azul Infinito
Azul Infinito, criação de uma jovem coreógrafa algarvia tem a particularidade de fundir a dança contemporânea com as técnicas de trapézio aéreo. Após ter sido selecionada por concurso público para estar presente no Festival de Dança de Londrina (2013), foi convidada para constar da programação do Fórum Internacional de Dança do Estado de São Paulo (FIDESP), que se realizou em Abril de 2014.
Esta peça já foi apresentada em algumas cidades algarvias, Lisboa e Brasil. É nossa intenção levar “Azul Infinito” a outras localidades do País, pois é de extrema importância a difusão de coreografias de jovens, sendo ainda mais relevante quando estamos a falar de uma criação de uma jovem algarvia; região muito carenciada culturalmente e que poucas oportunidades oferece aos jovens criadores. Pretende-se, desta forma, proporcionar oportunidades de novos intercâmbios e diálogos culturais para que outras portas se abram, dando maior visibilidade ao que se produz no Algarve.
Sinopse:
“Azul, a imensidão de um corpo solto, inerte e abandonado na liberdade da fuga e da dor…” (Thora Jorge.) Refletindo no significado e simbologia da cor Azul, traçaram-se duas linhas geométricas opostas, na procura de um Infinito e na tentativa da visão de um todo com limitação a uma das partes; recorrendo a uma abordagem de dança aérea enquanto elemento cénico.
Em “Azul Infinito” reflete-se a constante busca da libertação do indivíduo, a procura eo sentimento de antagónicos como a harmonia e a desarmonia, a angústia e a paz pela visão e sensação que o Infinito nos traz enquanto coberto de Azul. São delineadas duas linhas geométricas opostas; a verticalidade e a horizontalidade, usando e inserindo uma abordagem de dança aérea através da utilização do trapézio. A linguagem de movimento expressa fluidez, leveza, abandono e resistência, equilíbrio e desequilibro, harmonia e desarmonia, visceralidade no movimento e inércia; a permanência e amarca deste Azul em cada individuo, a redundância, e a busca da libertação de um estado mental em loop, a tentativa da visão de um possível todo com a limitação a uma das partes, devido ao próprio espaço envolvente e ao indivíduo em si.
As músicas melódicas, com elementos clássicos e minimalistas da banda irlandesa post-rock de Sigur Rós intercaladas com as de Arvo Part, John Surman e Boduf estão em perfeita harmonia com os movimentos e completam a atmosfera pretendida. Do resultado da busca e da pesquisa do tema resultou a ideia do figurino no qual a sensação do Infinito é aí simbolizada nos corpos das intérpretes. Este espetáculo inovador e original, fundindo a dança contemporânea com as técnicas de trapézio aéreo atrai um vasto leque de público. A música abrangente que acompanha a dança aérea, uma das correntes artísticas mais inovadoras da atualidade atrai aos amantes das artes circenses, e aos apreciadores da nova dança.
Ficha técnica:
Criação: Dancenema
Coreografia: Thora Jorge
Ano: 2012
Interpretação: Ana Alberto (Tiffanie Milenkka) , Joana Saraiva e Thora Jorge
Direcção Artística: Nilsen Jorge
Orientação Coreográfica: Catarina Câmara/ Maria Ramos
Edição de Vídeo: Hugo Albergaria
Produção: Dancenema
Coprodução: TEMPO (Teatro Municipal de Portimão)
Apoio: Câmara Municipal de Portimão
Residências Artísticas: Companhia Olga Roriz, Clube Atlético de Alvalade e Jazzy
Academia.